Zoologia VII: Filo Annelida
Anelídeos
Filo Annelida
Morfologia: Os anelídeos, do latim annelida, pequeno anel, são animais vermiformes superiores -os mais evoluídos do Reino Animal- de corpo cilíndrico e alongado, segmentado em pequenos anéis chamados de metâmeros. Cada segmento possui todas os sistemas e estruturas vitais do corpo. São triblásticos celomados, do tipo esquizocelomados, protostômios e de simetria bilateral.
As apomorfias do filo são a metamerização (se aproximando dos artrópodes), três tecidos (triblastia, desde platelmintos) e um celoma verdadeiro (desde os moluscos).
Os anelídeos são divididos em três classes, cujo critério de classificação é a presença de cerdas no corpo:
Os anelídeos são divididos em três classes, cujo critério de classificação é a presença de cerdas no corpo:
Poliquetas: cada metâmero apresenta muitas cerdas, implantadas em estruturas laterais chamadas de parapódios. Cabeça bem delimitada, com tentáculos. Ex: Poliquetos
Oligoquetas: possuem poucas e pequenas cerdas, sem formar parapódios. Sem cabeça diferenciada. Ex: Minhocas
Hirudíneos: cerdas ausentes e sem cabeça delimitada. Possuem ventosas para se locomover e capturar alimento. São de vida livre ou então ectoparasitas hematófagos. Ex: Sanguessugas

Habitat: Areia, água salgada e doce, solo e outros ambientes úmidos.
Reprodução: sexuada.
Poliquetas - dioicos, fazem fecundação cruzada e externa, desenvolvimento externo e indireto, com fase larval.
Oligoquetas e hirudíneos - possuem clitelo, seção do corpo que abriga poros genitais masculinos e femininos, que contêm os gametas. Monoicos, de fecundação cruzada (os gametas se encontram no interior do clitelo), desenvolvimento externo e direto.


Sistema Digestivo: completo. Boca, laringe, esôfago, papo, moela, intestino e ânus. Na moela enzimas quebram o alimento e no intestino os nutrientes são absorvidos.




Sistema Nervoso: gânglios nervosos ventrais próximos à boca, de onde parte o cordão nervoso, ligado a um par de gânglios em cada metâmero.


Respiração: cutânea (a epiderme fina e úmida facilita as trocas gasosas). Nos poliquetos, os parapódios são extremamente vascularizados, funcionando como "brânquias" primitivas.


Circulação: sistema fechado. Um vaso dorsal leva sangue para a região anterior e um ventral leva à região posterior. Outros vasos partem destes para as laterais. 5 pares de corações circundam o esôfago impulsionando o sangue; o pigmento é a hemoglobina.


Excreção: um par de estruturas filtradoras -metanefrídios- por segmento. Cada metanefrídio possui uma abertura ciliada, o nefróstomo, e tem comunicação com o celoma do segmento anterior, filtrando os resíduos contidos no líquido celomático. Cada lateral ventral de um anel tem um poro excretor (nefridiósporo) que lança resíduos no exterior.



Papéis Biológicos: Os poliquetas são importantes na cadeia alimentar marinha, sendo alimento principal de peixes. São utilizados na análise da poluição dos mares. Ajudam na reciclagem e aeração de sedimentos marinhos. Os oligoquetas terrestres -minhocas- são fundamentais para a saúde do solo, enriquecendo-o com nutrientes e oxigênio (revolvimento e aeração do solo através da escavação de túneis e galerias) e possibilitando a penetração de água. Seus excrementos constituem adubo orgânico rico em amônia e flora bacteriana. Os hirudíneos são empregados em tratamentos médicos e terapias de reabilitação, como em cirurgias plásticas, tratamento de varizes, queimaduras, úlceras e artrites
.


.

Comentários
Postar um comentário